"...escrevo no tempo o teu retrato..."
António Reis
António Reis
«Há dias...
que começam e acabam...
outros, ficam na memória...»
...21Abril / ...28Abril / ...06Junho / ...05Julho / ...05Agosto / ...16Agosto /
...21Setembro /...21Novembro / ...01Dezembro / ...08Dezembro /
[Almirante Henrique Gouveia e Melo - CMPorto - Junho 2024]
"Dia D - Normandia, 06 de Junho de 1944"
("Batalha pela Liberdade" Exposição - CMPorto - Junho 2024)
"...porque, o combate pela Liberdade é também, muitas vezes,
o combate da memória contra o esquecimento." - Manuel Alegre
[Fábrica da Vista Alegre - Ílhavo - Junho 2023]
[Philippe Vergne - Director do Museu de Serralves - Porto - Maio 2020 - "Reabertura do museu"]
["Artistas do meu tempo" - Porto - Café Majestic, Janeiro 2019]
(Anttónia Portto e António Leite)
["Artistas do meu tempo" - Porto - Café Majestic, Janeiro 2019]
(Anttónia Portto e Rui C. Santos)
(Anttónia Portto e Rui C. Santos)
[Porto - Café Majestic, Dezembro 2018]
[Porto - in MMIPO com Alberto Péssimo, Maio 2017]
[Com Dina Ferreira na Livraria Poetria - Porto - Fevereiro 2017]
[Com Fernanda Vieira na Livraria Vieira - Porto - Fevereiro 2017]
[Com Acácio Branco na Barbearia Garrett - Porto - Fevereiro 2017]
“Há dias em que cada
pessoa que encontro, e, ainda mais,
as pessoas habituais
do meu convívio forçado e quotidiano,
assumem aspectos de
símbolos, e, ou isolados ou ligando-se,
formam uma escrita
profética ou oculta, descritiva em sombras
da minha vida. O
escritório torna-se-me uma página
com palavras de gente;
a rua é um livro; as palavras trocadas
com os usuais, os
desabituais que encontro, são dizeres para
que me falta o
dicionário mas não de todo o entendimento.
Falam, exprimem,
porém não é de si que falam, nem a si que
exprimem; são
palavras, disse, e não mostram, deixam transparecer.
Mas, na minha visão
crepuscular, só vagamente
distingo o que essas
vidraças súbitas, reveladas na superfície
das coisas, admitem
do interior que velam e revelam. Entendo
sem conhecimento,
como um cego a quem falem de cores.”
Bernardo Soares
[Galeria Geraldes da Silva - Porto - Janeiro 2017]
[Joshua Oppenheimer / Gareth Evans]
[Porto - Rivoli, Grande Auditório Manoel de Oliveira]
«Contra o esquecimento, a memória...»
[Penafiel-2007]
[Porto-2012]
Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez te reconheças.
Miguel Torga
Miguel Torga
[Porto-2008-Serralves]
"Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e as praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes, e não vejo
[Fernando Carralho_Porto-2009]
_Bairro da Tapada_Fontaínhas_
[Albina_Mercado do Bolhão_Porto-2009]
[Fernando Gomes_Porto-2009]
Enganando a Solidão...
[Porto-2007]
"Autopsicografia"
«O poeta é um fingidor / Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor / A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve, / Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve, / Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda / Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda / Que se chama coração.»
-Fernando Pessoa-
[Porto-2007]